Apenas em seu segundo ano de existência, o time do Sesi-SPconseguiu aquilo que é o objetivo maior de todas as equipes nacionais. Neste domingo (24), em pleno Mineirinho lotado, a equipe do técnico Giovane Gávio parou o jovem Sada Cruzeiro e se sagrou campeão da Superliga masculina de vôlei.
Após fazer a melhor campanha da fase de classificação e ser apontado como um dos favoritos ao título nesta que é a Superliga mais equilibrada de todos os tempos, o Sesi eliminou a Medley/Campinas nas quartas-de-final e o Vivo/Minas nas semis. Já na final, contra o surpreendente Sada Cruzeiro e seu fenômeno Wallace, o Sesi utilizou toda a sua experiência para parar no lugar mais alto do pódio.
Sem bola perdida para nenhum dos times, a equipe do Sesi precisava colocar em quadra o que tinha de melhor para superar os celestes e seus milhares de torcedores. E assim foi feito. Com um show de defesas de Serginho, levantamentos surpreendentes de Sandro, bloqueios seguidos de Vini e passes excelentes de Murilo, o Sesi fez 3 sets a 1, com parciais de 25/19, 19/25, 27/25 e 25/17.
Como era de se esperar para uma final de Superliga, a partida começou em um ritmo alucinante. Tanto o Sada quanto o Sesi estavam com potentes saques, defesa sempre a postos e bloqueios eficientes, com direito até mesmo de ponto neste fundamento do levantador William.
O equilíbrio foi a tônica do primeiro set. Quando uma das equipes conseguia abrir vantagem de dois pontos, logo na sequência o adversário empatava e logo passava à frente. Assim, nenhum dos times conseguia ficar mais que duas vezes no saque.
Na reta final da parcial, o Sesi embalou após um saque indefensável do oposto Wallace, que fez 20 a 18 para os paulistas, o brigando o Sada a pedir tempo. Na volta da parada, o jogador errou o serviço, mas o bloqueio de Thiago Alves e Sidão resolveu logo em seguida, fazendo 21 a 19. O embalado do Sesi não parou por aí e, virando todas as bolas, Wallace fez mais um pela saída de rede e abriu três pontos para os paulistas (22/19).
Mais ansiosos que os adversários, os jogadores mineiros, após um toque na rede de Wallace, entregaram o 23º ponto da equipe de São Paulo. Sentindo o momento de instabilidade de seu oposto na partida, o técnico Marcelo Mendez o tirou de quadra. E como não poderia deixar de ser, foi em um ponto vindo do fundo da quadra que Wallace fechou para o Sesi em 25 a 19.
No set seguinte, o Sada começou à frente, abrindo dois pontos (6/4) rapidamente. Essa vantagem logo aumentou para 8 a 4 após um bloqueio de Filipe e outro na sequência de Wallace. Essa vantagem foi perdurando até o 15º ponto, quando Filipe mais uma vez parou o ataque do Wallace (15/10). Sentindo a dificuldade de seu time, Giovane pediu tempo.
Em vão, pois logo na volta da parada, o central Diogo Cordeiro marcou de bloqueio, fundamento que fez a diferença a favor da equipe do Sada nesta parcial. Aos poucos, os paulistas foram tirando um pouco a desvantagem, deixando o placar em 18 a 15.
Após um bom saque de Murilo, Thiago Alves aproveitou a bola de xeque e deixou o placar em 20 a 18. Mas o Sada não se assustou com a reação dos rivais e soube manter a cabeça no lugar para fechar em 25 a 19 após um erro de ataque de Thiago Alves, que mandou a bola para fora.
Pressionados pela derrota na parcial anterior, os jogadores do Sesi voltaram mais atentos para o terceiro set e passaram a explorar mais os bloqueios do Sada, o que resultou em vantagem no marcador (6/4). Mas logo os celestes novamente encostaram e passaram à frente, após um ponto de Filipe e um erro do oposto do Sesi, que atacou para direto para fora.
Com to este equilíbrio, o Sesi chegou ao primeiro tempo técnico com um ponto à frente (8/7), vantagem que logo foi tirada pelos mineiros, que passaram à frente ao fazer 12 a 11. Percebendo a tamanha disputa entre as duas equipes, os levantadores, Sandro e William, começaram a acionar mais seus opostos de mesmo nome.
O time de São Paulo conseguiu empatar em 17 a 17 depois que Thiago Alves bloqueou Wallace. A partir disso, as duas equipes passaram a trocar pontos no placar, até Sidão marcar de bloqueio após um bom saque de Japa, que entrou no lugar de Thiago Alves: 21 a 20 para os paulistas.
Embora pressionados pela vantagem dos adversários, os jogadores do Sada não desistiram e, com um bloqueio em cima de Murilo, empatou em 23. Com muita tensão em quadra para ambos os lados, sobrou para o bloqueio do Sesi, com Japa, para fechar em 27 a 25 e ficar a apenas um set do título inédito da Superliga.
A quarta parcial começou com um erro de recepção de Filipe após um saque de Vini e o primeiro ponto foi para os paulistas. Mas logo em seguida, Wallace não perdoou e também marcou para o Sada. A vantagem de mais de um ponto só veio após um longo rali, que terminou com um erro de Léo Mineiro e, no ponto seguinte, um bloqueio do Sesi, que abriu 5 a 2.
A partir disso a vantagem só se fez aumentar. Crescendo na partida, o meio-de-rede Vini foi responsável por dois pontos seguidos de bloqueio do Sesi, que abriu 8 a 3. Após a parada técnica, o Sada mostrou garra e conseguiu tirar um pouco da diferença, com destaque para o levantador William, que sozinho parou um ataque de Murilo.
Nome do quarto set, Vini não dava chances para os atacantes do Sada. Com uma ótima leitura de jogo, o central conquistou o 11º ponto para o Sesi. A equipe de São Paulo não diminuiu o volume de jogo e este ritmo foi sentido pelos jogadores. Thiago Alves sentiu câimbra e foi retirado de quadra carregado quando o placar apontava 15 a 6 para seu time.
Nada que tenha influenciado negativamente os paulistas, que mantiveram a concentração de sempre e chegaram a abrir dez pontos (17/7). Mas, com quatro pontos seguidos, o Sada mostrou que não estava morto e diminuiu a desvantagem (17/11).
Mas a diferença adquirida no começo salvaram os paulistas, que somente mantiveram a concentração para fazer 25 a 17 após um ponto de Vini e se sagrarem campeões da Superliga.